30 de jul. de 2011

Escassez

                                                                    imagem: weheartit


É que falta um tudo que às vezes penso não ser nada.
Algo que cultivo sem nunca haver semeado.
  
 Uma louca num jardim vazio.
Uma nervosa sem nenhum pavio.
Uma romântica que não dá um pio.
Que espera por sei lá quem, há sei lá quanto tempo e que mora sei lá onde.
Alguém que suspeite ou não da minha existência.
Mas que, assim como eu, saiba que não é em vão o que se escreve.

Porque o amor nunca é desperdício.
Existindo ou não, ele tem destino.
E disso eu sei.


by Rachel Nunes*

27 de jul. de 2011

Daltonismo

                                                                    imagem: weheartit


Há tanta inspiração guardada...
num baú dourado no fundo da alma.
Esperando um estímulo para sair.
Criar asas, ganhar forma de anjo.
Voar pelos canteiros da mente,
a colher as mais diversas flores -
multicoloridas e outras preto e branco.

Não interessa.
A verdadeira cor é vista no fim.
Do passeio ou da imaginação.


by Rachel Nunes*

26 de jul. de 2011

Escuridão do seu coração.

                                                                    imagem: weheartit



Você não suporta a luz, não é mesmo?
Acontece...
Quando se acostuma com a falta de algo, a presença pode incomodar.



by Rachel Nunes*

23 de jul. de 2011

Diálogo interno

                                                                        imagem: weheartit


Nunca pare de sonhar.
O "pra valer" não vale nada. É expectativa.
Mas não há sonho sem espera.



by Rachel Nunes*

20 de jul. de 2011

O perfume da eternidade

                                                                   imagem: weheartit



Anjos habitam meu jardim.
Voam no meu céu - às vezes azul, outras cinza.

Ao olhar pela janela, lá estão eles entre as flores.
E eis que, de repente, pousam gentilmente no meu ombro.
Para que eu sempre saiba que estão ali.
No coração, na mente, na presença, na saudade.

Eles estão ali. Estão aqui.
São tesouros que encontrei pelo caminho.
Sem pedir.
De surpresa - que compõe a vida.
Raridades concedidas por Deus.

Os meus anjos possuem asas invisíveis.
Elas não precisam ser vistas.
Quem sabe voar simplesmente voa.


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Aos meus seres celestiais.
Donos de um brilho que ultrapassa o interior.
Àqueles que, merecidamente, chamo de AMIGOS.



by Rachel Nunes*

18 de jul. de 2011

A cor do eterno

                                                                     imagem: weheartit

O infinito é um lugar estreito.
Uma trilha cheia de espinhos
Arrancados das flores a sangue frio.

É estrada molhada pelas emoções de quem as abandona.
É caminho florido de possibilidades azuis.
Tom calmo e elétrico
Onde a impaciência se machuca e aprende a ser mar.
Tranquilo e sereno.


Pois é só assim que se passa pelo perene.



by Rachel Nunes*

15 de jul. de 2011

Accio amore.

                                                                  imagem: weheartit

     
      Quero uma magia intensa. Alguma que continue após o fim. Um encanto eterno que sobreviva a tempestades e terremotos sem sofrer um único arranhão sequer. Nenhum corte no exterior e muito menos no interior - aquele espaço de cicatrização aparentemente impossível.
       Quero uma magia real e que brilhe mais que todas as estrelas juntas. Uma magia que ofusque, entedie e não nos canse. Com um feitiço que só o coração entende.
       Sem obscuridade. Uma magia que conduza à luz. Que alcance o céu sem precisar tirar os pés do chão. Algo que não desperte contentamento diante da alegria, mas que a queira evoluir para a felicidade.
       
       Uma magia simples e profunda. Apenas parecida, mas exatamente igual ao amor.


by Rachel Nunes*

Das (im)possibilidades

                                                                     imagem: weheartit

       
É como tentar injetar flores nas veias. Não cabe, não entra, não absorve.

by Rachel Nunes*

14 de jul. de 2011

Doce prisão

                                                                   imagem: weheartit

      Como garras, o amor prende. Rasga o coração. Vagarosamente, que é para doer mais. O prazer é maior. E só vale assim. Pouco sofrimento não aumenta a sede de amor.
      Não se engane, não é amor sujo. Ele é puro e sensível. Daqueles em que todo cuidado é pouco. Sim, quando se trata do coração, é preciso um zelo selvagem. Preservar enquanto usa.


by Rachel Nunes*

I know.

imagem: weheartit


        Eu sei que expectativas exageradas geram decepção e tristeza. Eu sei que não se deve ser precipitada e inconsequente. Que tudo deve ser muito bem analizado antes de dar o primeiro passo. Também sei que quanto maior o sonho, maior a ilusão. Eu sei, eu sei. Mas não posso evitar.  E talvez nunca consiga parar de sonhar.


by Rachel Nunes*

12 de jul. de 2011

Sobrecarga

imagem: weheartit

          Coração bobo tem dessas coisas. Sente mais do que o que pode aguentar (e como aguenta, viu?). Poucas e boas. Ou melhor (quer dizer, pior) muitas e más.
          E quem não tem o coração bobo? Quem é boba? De nascença ou por carma?
          A carga é dupla, tripla, infinita. Tem que ser um hulk versão feminina. Suportar dores que os masoquistas adorariam sentir. Dores profundamente dolorosas. E não é redundância. É intensidade.


by Rachel Nunes*

O melhor?

                                                                    imagem: weheartit


O continuar e o saber quando parar.
A forma de esquecer o que se deseja viver.
Numa eternidade efêmera de passos curtos.
O próximo está cada vez mais distante.
O "logo ali" é o caminho mais perigoso.
O mais difícil é o mais seguro.
Segurança para quem?
Tudo é uma questão de correspondência.

Talvez o mais vulnerável seja o melhor.


by Rachel Nunes*

O inesperado esperado

Sabe o que a vida tece quando você não espera?
Laços de fita azul com manchas pretas de desilusão.
Para prender, isolar.
É só isso o que surge para testar o entusiasmo no prosseguir.
         
Rumo a um futuro incerto para nós e pré-determinado no passado.


by Rachel Nunes*

10 de jul. de 2011

Do que interessa

                                                                      imagem: weheartit
                                                               

      Só o amor importa. Amor-amor ou amor-amizade. Não importa o que contraria esse belo sentimento. Só importa o que está nas pétalas das flores. Todo o resto é poeira que o vento leva. Grãos de solidão que só preenchem superficialmente. Vazio com vazio. Só o que é completo tem capacidade para preencher completamente. Satisfazer. A alma e o corpo. As duas extremidades do perecível e incompleto. As duas faces da moeda que importa, e que realmente possui valor.

by Rachel Nunes*

9 de jul. de 2011

A tal da distância

                                                                     imagem: weheartit 
             
                                        
        Não entendo porque nossos caminhos tem que serem assim tão distantes. Sinceramente não me contento com o fato de você não estar ao meu lado quando preciso de forma insaciável. É desesperador o quanto você me faz falta. Como quando desejamos ver o sol em um dia nublado e gélido. Uma luz no céu para acender outra no coração.

by Rachel Nunes*

Caprichos daquilo que chamamos de alma

                                                                      imagem: weheartit


      Tocava a água como se quisesse absorver a pureza do invisível e intocável. E realmente queria. Com o desejo intenso e despretensioso de quem simplesmente não deseja nada.

by Rachel Nunes*

Eu acredito.

                                                                   imagem: weheartit



        Acredito numa completa leveza da alma. Sem embaraço, cor escura, sombras, nem nenhuma dessas coisas que pesam e puxam para baixo. Somente naquelas que acalmam e fazem a gente ter a impressão de que a gravidade não existe. Que não há preocupação nem mal para lutar contra. Acredito que é possível construir um mundo bonito, leve e claro. Onde só houvesse o barulho do vento, que na maioria das vezes não se escuta, o som dos pássaros, a luz do sol, as cores e os perfumes das flores.

by Rachel Nunes*