25 de abr. de 2012

Contorno


imagem: tumblr



Aprendi na marra
O que o nó não ata,
O que o calor não mata,
O que o dó não cata.

Joguei no beco,
O que pensei ser erro,
O que esqueci, por medo,
O que soltei preso.

Descartei com fome
A dor que consome.
Bradei: qual o nome
Daquele que some?

Cortei o pano
Do amor, o insano.
Será este o meu engano:
Não ver o claro além do dano?


by Rachel Nunes*

6 comentários:

Maya Quaresma disse...

As vezes quero comentar coisas tão lindas depois de ler teus textos, mas muitos deles me deixam, como esse, sem palavras. Silencio-me, admirando tuas linhas aqui deixadas.

Beijos

Anônimo disse...

Ao olharmos os limites, podemos perder a atenção do que está por dentro.

Anônimo disse...

"Qual o nome daquele que some?"
Este trecho agiu com impacto em mim, e durante a leitura, senti-me muito bem.
Obrigada pela visita no Sonhos. Adorei aqui!
Beijão!

Simone Oliveira disse...

"Aprendi na marra
O que o nó não ata,
O que o calor não mata,
O que o dó não cata."

Adorei esse trecho! :]

Anônimo disse...

Acabei de conhecer seu blog e fiquei chocada com a beleza de tuas palavras. Elas trazem um impacto tão grande, como saber o nome daquele que some.. amei aqui.

http://iasmincruz.blogspot.com.br/

Rosamaria disse...

Aprendemos na marra que viver dói muito. Mas ainda é algo que compensa insistir. Todo chique teu blog guria, gostei, Beijos meus.